O ano de 2013
foi marcado por sustos e solavancos. Teve de tudo. Não vou esquecer nunca que
15 dias antes das manifestações que tivemos em junho, estava conversando com um
executivo português, que nós no Brasil historicamente somos incapazes de
demonstrações de ruptura radicais. Imagino como ele deve ter ficado ao ver tudo
aquilo depois. Tenho certeza que deve ter me achado um péssimo interlocutor.
Mas a verdade é que isto foi 2013. Um ano que chega ao fim e que deixará em cada
um de nós alguma lembrança muito marcante.
Se você
aplicou na Bolsa ela caiu 15%. Se você investiu em imóveis seguramente ganhou bem
mais. Se você está no comércio sentiu as coisas andarem de lado. 2013 é um ano
para todos os gostos, com surpresas nunca antes vistas neste país. Foram tantas
que não é justo tratar como um ano que simplesmente passou em nossas vidas. Só
que é verdade também que para muitos foi um ano que esgotou a nossa capacidade.
Seja ela de energia humana, seja ela financeira.
A ressaca que
vimos no consumo nada mais é do isto. É o esgotamento de um ciclo. Onde o
consumo estava engrenado diretamente ao endividamento das famílias. Nada de novo
exceto se em algum momento você resolver fazer um balanço do que deve, versus o
que ganha. Quem fez não teve dúvida. Reagiu de espanto e por que não dizer,
teve uma sensação de ressaca mal curada. Só para darmos números há 15 anos o
endividamento das famílias era de 15% do PIB, hoje estamos em mais de 40%. Nada
mal para quem tem certeza que vai conseguir cumprir os compromissos. Agora se
você possui dúvidas quanto ao seu futuro a sensação é por demais
desconfortável. Se analisarmos as empresas neste quesito, lembrando que o
melhor indicador sobre o futuro das pessoas físicas, vem do cenário da
inadimplência no setor empresarial. Realmente outra surpresa de 2013. Se analisarmos
o ano todo deve ser muito parecida com o que tivemos em 2012, um crescimento de
1,2%, mas se analisarmos somente o último número disponível de novembro contra
o mesmo mês do ano anterior, ela cresceu 6,7%. Nos bancos este número passa
para 11%. Ou seja, uma tremenda ressaca particularmente para o último trimestre
do ano.
Com tudo isto
nada realmente para comemorar neste Natal. Inclusive por que com um Natal mais
fraco a reposição dos estoques, que não haverá vai comprometer mais um pouco os
resultados do primeiro trimestre de 2014. Então de repente é fato entender a
reação das pessoas ao serem mais comedidas nas compras deste ano. Afinal se você
ainda não sentiu a ressaca ela com certeza pode chegar a qualquer momento. Na
dúvida some as dívidas e tenha alternativas à mão. 2014 promete ser ainda mais
surpreendente que 2013. Copa, eleições e provavelmente mais manifestações. Só
não vale passar o ano todo de Ressaca.
Eduardo
Faddul
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Consultoria
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Após o Natal com a ressaca real, vem imposições como aumento de alíquota de IR, onde o governo abocanhará mais, redução e maquiagens do PIBinho e assim a dívida aumentará! E o cidadão que está no congestionamento do praia não irá às ruas reclamar! Bela estratégia!
ResponderExcluirPois é guerreiro, por isto mesmo acho que este ano teremos mais manifestações. Motivos não faltam. Só espero que haja uma pauta mais definida pois com a eleição os políticos estarão mais sensíveis com certeza.
Excluir2013 certamente não foi um dos melhores anos de nossa economia, mas também não foi um dos piores. Bem e como tudo é cíclico, até mesmo a "ressaca" penso que 2014 será um ano de muitas oportunidades e certamente com planejamento saberemos tirar o melhor de 2014 para fazer florir ainda mais 2015 nos preparando para a "grande olimpíada", afinal se ainda não somos campeões estamos sendo testados exaustivamente no processo.
ResponderExcluirrisos gostei da "grande olimpíada" Silvio. eu creio que 2014 terá muito de 2013 só que com um toque a mais de nervosismo. Se já pensou o Brasil desclassificado no meio da Copa? O efeito rebote da população se desmotivando e indo cobrar o por que destes investimentos vultuosos? É meu amigo o ano de 2014 será de muitas vulnerabilidades.
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