terça-feira, 13 de novembro de 2012

Produção cai mais que importação segundo Iedi

industrias

Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi), enquanto as importações de manufaturados do país no acumulado de 2012 caíram 0,8%, a produção industrial local perdeu 3,5%. Isso ocorreu, principalmente devido às exportações, que este ano já recuaram 4,1%. Com o resultado, as vendas externas devem ter queda acima da média mundial.

O Iedi destaca ainda que a indústria aeronáutica (28,3%), máquinas e equipamentos elétricos (11,5%) e máquinas e equipamentos mecânicos (3,4%) foram os únicos com desempenho razoável quanto à competitividade da indústria.



"O setor aeronáutico sofre menos com a conjuntura desfavorável para o comércio exterior de bens industriais no Brasil por dois fatores. Primeiro porque as decisões de compra e venda são tomadas com cerca de quatro anos de antecedência. Depois, porque há algumas décadas o Estado promoveu políticas públicas para desenvolver esse setor", comenta o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

"E os segmentos de máquinas e equipamentos ainda se mantêm crescendo devido ao mercado interno, mas cada vez mais diminui a competitividade, pois os salários aumentam mais que a produtividade, anulando o efeito positivo da desvalorização do real", acrescenta.

Para ele, o Brasil está na contramão nos dois sentidos: "Quando perdemos espaço maior na produção industrial do que nas importações, significa que estamos dando preferência aos importados. Por outro lado, perda de espaço dos nossos manufaturados lá fora evidenciam a baixa competitividade."

Castro se refere ao comentário do Iedi, destacando que a balança de bens industriais saiu de superávit de US$ 19 bilhões, em 2008, para déficit de US$ 49 bilhões em 2011. "Em 2012, até setembro o déficit em produtos industriais chegou a US$ 38,7 bilhões, quase 10% superior aos três primeiros trimestres do ano passado", contabiliza o Iedi.

“A desindustrialização continua. O fato interessante é que o único setor a manter "crescimento chinês" no Brasil, foi o que no passado encontrou do poder público, políticas públicas para o seu desenvolvimento, e estabeleceu a sua competitividade baseada em muita competência competitiva. Isto mostra que é possível, só espero que com este governo também.” Eduardo Faddul – Direct Link Consultoria

Por: Monitor Digital


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