quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Muito antes do lançamento dos tablets, que se tornaram uma febre tanto para uso pessoal quanto profissional, a Fortlev já havia percebido a necessidade de investir em mobilidade. Em 2005, o grupo adotou o conceito, principalmente para atender à força de vendas.

“Temos 260 representantes espalhados pelo Brasil e, antes da mobilidade, havia uma grande dificuldade para que eles enviassem o pedido. Era preciso anotar num bloco de papel, enviar por fax e superar empecilhos como rasura, erros de pedido e falta de entendimento da informação. Era muito difícil calcular o volume de vendas e programar a logística, por isso, decidimos informatizar”, relembrou o CIO Breno Parmejani, durante o Intercâmbio de Ideias sobre mobilidade no IT Forum+.

Primeiro, o grupo ofereceu aos representantes a possibilidade de colocar pedidos no site, depois, em 2007, com a aquisição de um sistema para palmtop (BestSales) – que permitia colocar o pedido das ruas, ao longo do dia, e, em 2011 e 2012, com mudança de software (portal Rep e Totalportable) e hardware, culminando na substituição dos palmtops por tablets.



Hoje, 50 tablets já estão disponíveis na empresa para substituir os dispositivos anteriores e a meta é chegar a 250. Estes equipamentos contam com ferramentas de gerenciamento do consumo de dados e bloqueio via senha; catálogo de produtos e sistema para registrar os pedidos, integração como ERP; e estão configurados para não exigir transmissão de informações em tempo real, considerando-se as dificuldades com o acesso à internet em algumas localidades do País, já que a equipe de vendas tem abrangência nacional.

“Como temos a meta de trabalhar para o negócio, não desenvolvemos nada internamente; não quisemos aumentar a equipe de TI. Temos um parceiro para desenvolver os aplicativos. Entre os benefícios já percebidos com a adoção da mobilidade estão a velocidade na entrada de pedido de vendas, agilidade na montagem de carga, entrega mais rápida para o cliente, diminuição de erros no ponto de venda e a implementação de uma cultura de acompanhamento. Além disso, conseguimos colocar as regras de venda na ponta. No papel, o representante podia não seguir a regra de preço mínimo, mas agora, no tablet, o sistema bloqueia o que estiver fora da política”, conta Parmejani.

Na Marilan, o projeto de mobilidade para a força de vendas também contemplou o enquadramento às políticas comerciais. “Todas as regras de vendas do ERP são carregadas na ponta, com os tablets da equipe comercial. O trabalho de validar o pedido ficou facilitado, já que, agora, praticamente só é preciso checar a parte de crédito. Nosso sistema de registro marca o dia, hora e local em que o pedido entrou, o que também permite cruzar os dados do que o funcionário tinha de fazer e o que realmente fez no mês”, conta o CIO, Alberto Brunassi.

Desafios

Entre os principais desafios enfrentados pelas empresas que adotaram o conceito de mobilidade estão: a infraestrutura, considerando-se a desigualdade na qualidade da conexão em diferentes partes do País, a rápida evolução tecnológica, com necessidade de troca constante de hardware e software, a alta demanda por suporte e manutenção, o que fazer em caso de mau uso e a tendência de utilização de dispositivos pessoais no meio corporativo, conhecida como Bring Your Own Device (BYOD).

“Na Fortlev, não instalamos os aplicativos nos dispositivo pessoais, mas, sim, damos o tablet como ferramenta de trabalho, até como uma forma de motivar os representantes”, explica Parmejani. Os equipamentos são entregues com termo de compromisso e o representante precisa ressarcir a Fortlev caso o tablet pare de funcionar por mau uso.

Na Marilan, há desconto na folha de pagamento se for caracterizada quebra por mau uso e, como uma forma de incentivo, os dispositivos são doados para os funcionários depois de dois anos, quando vence o prazo para que, seguindo o contrato de comodato, a operadora troque os tablets.

Sobre o BYOD, os CIOs presentes na sala estão cientes de que esta é uma tendência irreversível, mas, no geral, pretendem adiar sua adoção ainda por algum tempo. “Sabemos que Segurança da Informação é correr atrás do rabo”, brinca o CIO da Brasif, Airton Barlthazar de Almdeira. “Ainda não autorizamos o BYOD. Se o gestor achar que o funcionário deve ter um dispositivo móvel, ele precisa fazer uma solicitação à empresa para que o o equipamento seja disponibilizado ao funcionário. Porém, o que será necessário, de fato, é fazer a classificação dos dados e conscientizar as pessoas sobre a importância da Segurança da Informação”, conclui.

“As soluções para melhoria da eficiência da equipe de vendas em Tablet, já estão disponíveis inclusive para representantes comerciais. A revolução da produtividade em campo está cada vez mais próxima.” Eduardo Faddul

Por: Information week



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