quinta-feira, 26 de julho de 2012

Escravidão digital: vale a pena ter smartphone corporativo?


O smartphone está se tornando um benefício universal nas grandes empresas. Mas cuidado: a falta de bom senso no uso pode prejudicar você

São Paulo - Os smartphones, telefones celulares que dão acesso a internet e e-mail, são cada vez mais comuns no dia a dia do brasileiro. De um ano para cá, a venda desses aparelhos teve aumento de 279% no mercado nacional. No trabalho, ele é considerado uma importante ferramenta, que permite a conexão remota com o escritório, clientes e fornecedores.

Por outro lado, significa, dependendo da forma como a pessoa o utiliza, estar disponível para o chefe durante 24 horas nos sete dias da semana. Nos Estados Unidos, criou-se um neologismo para descrever o comportamento de usuários que não conseguem viver sem o aparelho. Eles são chamados de CrackBerries, uma referência aos usuários de BlackBerry que se comportam com a mesma compulsão que os viciados em crack.

Um estudo da escola de negócios do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, aponta que 90% dos usuários do aparelho BlackBerry de uma empresa americana admitem sentir algum tipo de compulsão.

O estudo considera o BlackBerry, mas as conclusões da pesquisa valem para toda a linha de smartphones, iPhone inclusive. Para os responsáveis pelo estudo, o resultado mostra um gradual atropelamento das fronteiras entre tempo de trabalho e tempo pessoal. Por trás do comportamento compulsivo há também um componente de imagem profissional.

É como se, ao responder imediatamente a uma mensagem que aparece na telinha do smartphone, a pessoa sinalizasse para seu interlocutor: "Está vendo como sou eficiente?". Há cinco anos, as empresas disponibilizavam o smartphone somente para os executivos de alto escalão. "Ter um deles era sinônimo de status.

“Vocês já se sentiram assim?” Eduardo Faddul


Por:Nataly Pugliesi

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