segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cenário externo favorece desaceleração do PIB e desperta pessimismo

A estagnação do PIB brasileiro no terceiro trimestre reflete, segundo especialistas, tanto as políticas adotadas pelo governo no semestre passado para conter a inflação - políticas que agora estão sendo sentidas com mais força - quanto um momento de pessimismo econômico internacional por conta da crise na Europa.


 Dados do IBGE divulgados nesta terça-feira apontam que o Produto Interno Bruto do país avançou 0% em comparação com os três meses anteriores, após crescer 0,8% no segundo trimestre e 1,3% no primeiro.


 A desaceleração do terceiro trimestre já era esperada - alguns economistas temiam até mesmo um recuo da economia.



Com isso, o PIB anual, de acordo com previsões, deve crescer em torno de 3% - bem abaixo dos 7,5% registrados em 2010.


 "Uma parte da desaceleração era de se esperar, por conta da política monetária. A outra parte é a contaminação do ambiente internacional, que está pior do que se pensava", disse à BBC Brasil a economista Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências.


 Há dois fatores internos que podem estimular o PIB do quarto trimestre: a redução recente da taxa de juros, de 11,5% para 11%; e um pacote federal de medidas de estímulo ao crédito e ao consumo, que prevê reduções no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e no PIS/Cofins.


 "(O pacote) vai ter efeito amortecedor (neste final de ano). Se não fosse isso, poderíamos ter uma queda na taxa de crescimento. São políticas para elevar a demanda (do consumidor interno) e compensar as quedas nas exportações", explicou Marcio Salvato, coordenador do curso de economia do Ibmec em Belo Horizonte.


 Porém, para Rogério Mori, professor da Escola de Economia da FGV-SP, "o estímulo proposto levará um tempo. Terá efeito positivo, mas que só será sentido em 2012". Sendo assim, ele prevê um quarto trimestre de desaceleração semelhante ou ainda maior do que a verificada neste terceiro.


 Indústria


 Um dos setores que mais sentiram a freada da economia foi a indústria: medição do IBGE aponta que a atividade industrial caiu 0,9% no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores.


"Parece que o cenário de 2012 já começa a se delinear fortemente. O artigo não deixa dúvidas. Pelo menos o do primeiro semestre do próximo ano. Senhores responsáveis pelas áreas comerciais: está chegando a hora de mostrarem o seu valor! Quais são os planos para um ano de vendas difíceis? Mãos a obra!"
Eduardo Faddul


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