terça-feira, 25 de setembro de 2012

5 passos para definir o preço de um produto

definir o preço de um produto


São Paulo – Não há como negar que grande parte dos empreendedores tem dificuldade de precificar os seus produtos. É preciso prestar atenção a tantos detalhes que donos de pequenas empresas acabam ficando em dúvida se o preço estabelecido é realmente justo e competitivo.

Existem duas formas de chegar ao preço de venda. A primeira delas é fazendo um cálculo com base nos custos e despesas e a segunda é definindo o preço de venda com base no mercado e nos clientes. “A melhor forma é fazer as duas coisas ao mesmo tempo, já que de nada adianta fazer o cálculo pelos custos se, no final, o preço não ficar atrativo aos clientes. E, por outro lado, é insensato estabelecer o preço com base na concorrência sem saber se este valor será suficiente para arcar com os custos que o negócio tem”, avalia Maurício Galhardo, sócio-diretor da Praxis Education e responsável pela área administrativa e financeira da empresa.

EXAME.com ouviu especialistas para criar um passo a passo de como as empresas que revendem produtos adquiridos prontos em fornecedores podem precificar os itens. Vale lembrar que as contas não são as mesmas para os negócios que produzem o que vendem.


1. Sistema tributário


Para começar, entenda qual é o sistema tributário de sua empresa: Simples, Lucro Real ou Lucro Presumido. Isso determina quanto você deve cobrar por cada produto, tendo em vista apenas quanto você tem de despesa para fornecer aquela mercadoria.

Se você estiver dentro do Simples, não terá direito a nenhum tipo de crédito tributário. Se a sua empresa estiver no Lucro Presumido, no entanto, você poderá retirar o valor do ICMS, que representa 18%. Já no último caso, você pode descontar o valor do crédito tributário do ICMS (18%), do PIS (1,65%) e da Cofins (7,6%), mas a regra da substituição tributária não vale para o ICMS.

2. Calcule os gastos


Toda empresa tem custos fixos e variáveis e isso também deve ser calculado para entrar no valor do produto. “Você deve criar a sua tabela de custos baseado em quanto gasta com a empresa e com o produto, pois assim chega a um valor que pode ser praticado”, afirma Luiz Biagio, professor da Business School São Paulo e autor do livro “Como calcular o preço de venda”, da Editora Manole.

Os gastos fixos são aqueles que você tem todos os meses, como o aluguel e o salário dos funcionários. Eles independem das vendas e, por isso, representam um percentual do preço praticado. “Você precisa levar em conta, também, o valor pago aos fornecedores para receber os produtos no comércio. Vale sempre somar custos de fretes ou outros custos que incidam sobre este valor”, salienta Galhardo.

Já os custos variáveis são aqueles que mudam todos os meses. “São todos os gastos que variam conforme as vendas do negócio. São as taxas de cartões de crédito e débito, e os gastos com embalagens, por exemplo”, diz Galhardo. Como são todos proporcionais ao faturamento da empresa, a melhor forma de controlá-los é definindo o percentual que eles representam com relação às vendas. Por exemplo, gastos com taxas de cartões seriam 2% sobre as vendas, embalagens, 3%, e assim por diante.

“Tão vital como vender é fazer o preço refletir uma estratégia. Vender valor e conseguir captura-lo via preços é um desafio diário de todo vendedor.” Eduardo Faddul

Por: 5 passos para definir o preço de um produto


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