segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Projeção de crescimento da economia em 2012 cai para 1,75%


BRASÍLIA - O mercado financeiro reduziu pela terceira semana consecutiva a previsão de crescimento da economia brasileira, que caiu de 1,81% para 1,75%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada há pouco pelo Banco Central. Há quatro semanas, estava em 1,90%. Para 2013, a aposta se manteve em 4,00%, acima dos 4,10% verificados há quatro semanas.

A projeção para o setor industrial em 2012 passou de uma retração de 1% para uma queda de 1,2%, o que representa o 12º recuo consecutivo da previsão. Há quatro semanas, estava em -0,04%. Para 2013, economistas preveem ritmo maior, com avanço industrial de 4,4%, projeção que subiu em relação aos 4,3% esperados na semana anterior e também há quatro semanas.

Analistas elevaram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, de 35,20% para 35,27%. Para 2013, a projeção ficou em 34,00%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 35,50% e 34,00% do PIB para cada um dos dois anos.

Inflação e juro

O mercado financeiro elevou a projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012 pela sexta semana seguida, de 5,11% para 5,15%, de acordo com a pesquisa Focus. Há quatro semanas, a mediana estava em 4,92%.

Para 2013, a estimativa se manteve em 5,50% pela oitava semana. A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses subiu pela terceira semana, de 5,61% para 5,66%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,56%.

O mercado manteve a aposta de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve cortar a taxa básica de juros dos atuais 8% para 7,5% na reunião da próxima semana. A mediana das estimativas para o patamar da taxa Selic no final de 2012 também segue inalterada, em 7,25% pela segunda semana consecutiva. Para o fim de 2013, a previsão caiu de 8,50% para 8,38%.

A previsão para a taxa básica de juros ao final de 2013, que estava em 8,5% desde o início de julho, recuou para 8,38%. Histórico do levantamento mostra que as estimativas estavam em 9% até o dia 29 de junho, quando haviam sido revisadas pela última vez. Atualmente, a taxa Selic está em 8%.

O mercado projeta agora corte de 0,5 ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom) da próxima semana. E outra redução, de 0,25 ponto para 7,25%, na reunião de outubro.

Câmbio

Economistas mantiveram as previsões para a taxa de câmbio no final de 2012 e de 2013 em R$ 2,00 pela segunda semana. Há um mês, analistas previam dólar a R$ 1,95 no fim de 2012 e de 2013.

Na mesma pesquisa, o mercado financeiro manteve a previsão de taxa média de câmbio de R$ 1,94 em 2012. Para 2013, a estimativa passou de R$ 1,98 para R$ 1,99. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 1,93 em 2012 e em R$ 1,95 no próximo ano. Para o final de agosto, a estimativa caiu de R$ 2,03 para R$ 2,02. Para setembro, ficou em R$ 2,02.

Déficit em conta corrente

O mercado financeiro reduziu a previsão de déficit em transações correntes em 2012 pela quinta semana seguida. Pesquisa semanal Focus mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente neste ano caiu de US$ 59,25 bilhões para US$ 58,63 bilhões somente nos dois últimos levantamentos.

Para 2013, a previsão de déficit nas contas externas ficou em US$ 70 bilhões pela terceira semana. Quatro semanas antes, analistas esperavam déficit em transações correntes de US$ 70,8 bilhões no próximo ano.

Na mesma pesquisa, economistas mantiveram a estimativa de superávit comercial em 2012 em US$ 18 bilhões. Para 2013, subiu de US$ 14,20 bilhões para US$ 14,78 bilhões. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de US$ 18,04 bilhões e US$ 13,78 bilhões para esses dois anos.

A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) ficou em US$ 55 bilhões em 2012 e em US$ 60 bilhões em 2013, sem alterações em relação à pesquisa anterior. Há um mês, analistas esperavam entrada de US$ 55 bilhões em 2012 e de US$ 59,5 bilhões em 2013.

"E o que fazer em um cenário de vendas cada vez mais frágeis? Não há soluções mágicas ou viradas drásticas na estratégia do negócio. Não dá tempo dos resultados surgirem e o negócio pode ficar ainda mais comprometido. Somos agora reféns das apostas feitas anteriormente. O melhor caminho é buscar os resultados dentro do campo tático de vendas. Reforçando a disciplina com foco no resultado. "Eduardo Faddul

Por: Estadão





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